segunda-feira, 6 de junho de 2011

Série Empueirados: Seputura - Nation


Diretamente do Santa Tereza para o Mundo – para quem não sabe, Santa Tereza é um bairro de BH -, o Sepultura, banda de Heavy Metal que é considerada uma das mais conhecidas e influentes do cenário musical mundial, é banda para quem gosta de problematizar as mazelas sociais e goste de música de qualidade.


Dizer qualidade pode parecer hipocrisia e ao mesmo tem um chavão bem subjetivista, mas o Sepultura faz suas músicas de modo orquestrado com a mensagem que querem transmitir e todo o potencial de seus músicos.

Para evidenciar isso, escolhi o álbum lançado em 2001, NATION. Esse disco foi o segundo da banda com a voz poderosa de Derrick Green, que veio para somar na qualidade imposta no som depois da entrada de Andreas Kisser, em 1987, como guitarrista principal.

Para quem não sabe, Derrick assumiu o vocal da banda mineira no lugar de um dos irmãos fundadores do Sepultura, Max Cavalera, que teve desavenças com seu irmão Igor Cavalera. Mas explico isso por que não quero defender que Max não era importante para o grupo, ele deixou seu DNA que ficou em todas as produções durante o período que ficou fora.

Mas voltando ao NATION, a banda muda muito o seu jeito de construir as músicas e adota estilos regionalistas em suas produções, o que a torna uma banda influenciadora e deixa de ser influenciada. Este disco tem menções críticas desde o encarte até a última música.
Uma das coisas que dá um toque artístico ao álbum é o designer do CD. As cores vermelhas e os punhos para cima, na capa, fazem um silogismo ao Realismo Socialismo e aos regimes de opressão, como o Nazismo.

O Realismo Socialista foi implantado pelo comissário e designer de Stalin, na União Soviética, Andrei Jdanov. Ele ficou responsável por toda a propaganda soviética e criou um movimento que cuidava da forma como o produto soviético seria visto e se engajou em diversas áreas como a pintura, arquitetura, escultura, música e até mesmo o cinema, dentre outras.

Mas esse assunto vai ficar para outra oportunidade, pois ele revela como o NATION, do Sepultura foi inovador em todas as suas ramificações. Na música, a banda acompanha a proposta de fazer música provocativa e inquietante.

A partir daí surge a Sepulnation. Uma nova forma de se fazer música. O álbum com 20 músicas mescla diversos gêneros e deixa de lado aquela “pancadaria constate”. Um CD que cria uma nova massa de fãs, mas que decepcionou uma parte que era adepta ao antigo Heavy Metal.

Uma das músicas de NATION é totalmente guiada pelos violinos e instrumentos comuns da banda Apocalyptica. A música é a Valtio, faixa 15 do disco, que significa “união”, em finlandês. O som é totalmente instrumental e virou hino da Sepulnation.

Enfim, só escutando para entender o significado desse disco para a música mundial. Não apenas o som, mas a banda Sepultura, que melhor representa o Brasil. Vale a pena adquirir o CD original, pois é uma obra de arte.

Um comentário:

  1. Necessitamos muito de bons hospitais. E escolas boas para os curumins.

    Precisamos de alta-cultura. Alta literatura; Kafka, Drummond, Dostoievski, Machado de Assis, Aluísio Azevedo do Maranhão. De arte autônoma. E educação verdadeira nas escolas dos pequenos. O que não houve.

    O Brasil vive consequência de nosso passado político bem atual (2 décadas).
    Fome, falta de moraria, atraso, breguices, escolas ruins, falta de hospitais: concreto…
    O resto são frasinhas® poderosas:

    Eis aí a pura e profunda realidade sociológica e filosófica:
    A “Copa das Copas®” do PT® em vez de se construir hospitais, construiu-se prédios inúteis! A Copa das Copas®, do PT© e de lula©.

    Nada se fez em 13 anos para esse mal brasileiro horroroso. Apenas propagandas e propagandas e publicidade. Frasinhas.

    Qual o poder constante da propaganda ininterrupta do PT®?
    Apenas um frio slogan, o LUGAR DE FALA do Petismo® (tal qual “Danoninho© Vale por Um Bifinho”/Ou: “Skol®: a Cerveja que desce Redondo”/Ainda: “Fiat® Touro: Brutalmente Lindo”). Apenas signos dessubstancializados. Sem corporeidade.

    Aqui a superficialidade do PETISMO®:
    Signos descorporificados. Sem substância. Não tem nada a ver com um projeto de Nação. Propaganda.

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